Ele nasceu Graciliano Correia de Oliveira a 1º de junho de 1948, em Monte Santo (BA), mas ganhou mesmo fama no Ipiranga como Pafúncio. O nome engraçado, já meio vetusto, arcaico, foi tomado de empréstimo de uma personagem de tirinha de quadrinhos que fez muito sucesso décadas atrás.
Pafúncio, o dos quadrinhos, era um homem de meia-idade meio (des)confortável com a vida de pequeno burguês nos Estados Unidos. Trajava sempre, meio deselegante e desleixado, fraque e cartola.
Pois não foi que um colega de trabalho da hoje finada pizzaria Rei da Pizza, na Silva Bueno, ao comparar a figura de Graciliano com a do Pafúncio do quadrinho, viu semelhança? Eita, que o apelido logo pegou e nunca mais o deixou.
Mestre Pafúncio e sua galhardia gaiata, seu vozeirão de trovoada, são atrações hoje da padaria 22 de Julho, também na Silva Bueno.
É um prazer extra ser atendido por ele ou apenas vê-lo trabalhar, cheio de tiradas divertidas e às vezes mal-humoradas.
Como Pafúncio é um nome com que pouca gente está acostumada, na 22 de Julho, para muitos, ele se tornou foi o “Afonsio”, por aproximação sonora.
Seu Pafúncio, hoje com 75 anos, domina as artes do ofício da copa e do salão como poucos, é um espetáculo.
A gente, que vive no mundo em busca de motivos, encontra um bom para se alimentar junto do Pafúncio.
Nesta sexta-feira, devorei um pão francês integral com queijo branco, fase dietética. Seu Pafúncio ironizou: “Chapeiro, sai um pão de doente com queijo branco!”.
É por isso que a gente gosta de voltar lá.